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A equipe e robótica Biotech, do Sesi Barra Bonita/SP, desenvolveu um selante asfáltico, que atua se expandindo e bloqueando a ação nociva da água e um dos principais responsáveis por rachaduras em ruas e avenidas. O objetivo dos estudantes é revolucionar a indústria da pavimentação, acabando com a formação de buracos nas estradas de uma vez por todas.
O projeto integra os vinte melhores do mundo no quesito inovação entre 40 mil concorrentes. O anúncio foi feito no último sábado, quando a FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) informou s semifinalistas do prêmio Global Innovation, criado para valorizar as ideias mais inovadoras de cada temporada de competição da robótica educacional, promovidos pela organização norte-americana e que, no Brasil, é realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi).
A pesquisa realizada pela Biotech cumpriu o tema da última temporada City Shaper – Construindo Cidades Inteligentes – com a elaboração de soluções tão inovadoras que até os gestores locais, prefeitos e governadores, avaliam implementar tais inovações no dia a dia das cidades.
Com base no tema da temporada e pensando em cidades mais inteligentes, os alunos pesquisaram e identificaram que um dos grandes problemas das cidades são as rachaduras e fissuras, que levam à degradação do pavimento das estradas com o passar do tempo. “É um problema gravíssimo, pois atinge diretamente a sociedade, provocando engarrafamentos, acidentes e problemas mecânicos nos veículos”, conta Lais Santos, de 13 anos.
Os estudantes contaram com a ajuda de um químico e realizaram diversas entrevistas com engenheiros e especialistas, a fim de adquirirem um resultado sustentável, eficaz e aplicável em grandes e pequenas obras. Ana Maria, a técnica da equipe, conta que era desejo dos alunos utilizar um material sustentável para a produção do selante, e foi assim que chegaram na lignina, que pode ser extraída do bagaço da cana-de-açúcar, produto existente em grande quantidade em Barra Bonita.
A aluna Manuela Rodrigues, 14 anos, explica: “A lignina, além de reter a umidade, é resistente a temperaturas extremas e tem um alto potencial adesivo. Enquanto as nanopartículas de carbono são estruturas tubulares e flexíveis. A combinação dos compostos é o que possibilita a capacidade do selante de quadriplicar a durabilidade e a resistência dos pavimentos utilizados nas cidades, impedindo que fissuras e rachaduras se formem desde o princípio da construção.”
O projeto concorreu ao Festival Sesi de Robótica, torneio nacional realizado em São Paulo no início de março, e agora concorre a uma premiação de US$ 20 mil para ser investido no desenvolvimento do projeto.
Neste ano, a votação será online. Confira as novidades do 10º prêmio Global Innovation da FIRST LEGO League e participe da votação.
(Foto: Camila Ramos/S2 Norícias)
(Com informações do Sesi Nacional)