OCDE vê melhora na recuperação da economia e revisa projeções para PIB global e do Brasil

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PIB global deve crescer 4,2% em 2021 e desacelerar a 3,7% em 2022, depois de encolher 4,2% em 2020, segundo relatório. Para o Brasil, OCDE passou a projetar uma queda de 6% em 2020 e crescimento de 2,6% no ano que vem.

As perspectivas para a economia global estão melhorando apesar de uma segunda onda de surto de coronavírus em muitos países, conforme surgem vacinas e uma recuperação liderada pela China se instala, disse nesta terça-feira (1º) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A economia global deve encolher 4,2% este ano, crescer 4,2% no próximo ano e desacelerar a 3,7% em 2022, disse a OCDE em seu relatório Perspectivas Econômicas.

Em setembro, a entidade estimava uma contração de 4,5% em 2020, e uma alta de 5% em 2021. A OCDE não tinha na época estimativa para 2022.

“Ainda não estamos a salvo. Ainda estamos no meio de uma crise pandêmica, o que significa que a política econômica ainda tem muito a fazer”, disse o economista-chefe da OCDE, Laurence Boone, segundo a Reuters.

O Produto Interno Bruto global retornará a níveis pré-crise antes do fim de 2021, liderado por forte recuperação na China, disse a entidade. Mas isso esconde grandes variações entre os países, com a produção em muitas economias devendo permanecer cerca de 5% abaixo dos níveis pré-crise em 2022.

Campanhas de vacinação, esforços combinados de saúde e apoio financeiro dos governos devem ser os responsáveis pela recuperação no próximo ano – que poderia ser maior caso as vacinas sejam distribuídas rapidamente, aumentando a confiança e reduzindo as incertezas. A OCDE alerta, no entanto, que atrasos na vacinação e dificuldades para controlar novas ondas do vírus podem enfraquecer as estimativas.

PIB OCDE — Foto: Economia G1

PIB OCDE — Foto: Economia G1

Desemprego e comércio

A OCDE também projeta que o desemprego global deve seguir crescendo em 2021, para 7,4%. Este ano, está estimado em 7,2%. Já em 2022 deve mostrar queda, para 6,9% – mas ainda acima da taxa de 5,4% registrada em 2019.

Já o comércio global deve levar um tombo de 10,3%, e recuperar apenas parte das perdas nos próximos anos, com altas de 3,9% e 4,4% em 2021 e 2022, respectivamente.

Projeções para o Brasil

Para o Brasil, a OCDE passou a projetar uma queda de 6% em 2020, ante estimativa anterior de tombo de 6,5%.

Para 2021, a projeção é de alta foi revisada para um crescimento de 2,6%, e não mais de 3,6%. Já para 2022, a organização espera um avanço de 2,2%.Em junho, a entidade chegou a projetar que a economia brasileira encolheria 7,4% este ano, crescendo 4,2% em 2021.

A atividade, no entanto, ainda estará menor, ao final de 2022, em relação aos níveis pré-pandemia.

A entidade aponta que, apesar das novas infecções e mortes por Covid-19 seguirem altas no país, a economia começou a se recuperar em vários de setores. A OCDE projeta que a inflação deve seguir abaixo da meta, e que os juros baixos devem apoiar os investimentos.

A projeção da OCDE para o Brasil é mais pessimista que a do mercado brasileiro, que prevê uma queda de 4,5% do PIB do Brasil em 2020 e alta de 3,45% em 2021, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Projeções para outros países

A China será o único país coberto pela OCDE a registrar crescimento este ano, de 1,8%, inalterado ante a perspectiva de setembro. A economia chinesa ganhará velocidade para 8% em 2021, também inalterado, antes de crescer 4,9% em 2022.

Os Estados Unidos e a Europa devem contribuir menos com a recuperação do que seu peso na economia global.

Depois de contrair 3,7% este ano, a economia dos EUA crescerá 3,2% em 2021 e 3,5% em 2022, assumindo que novo estímulo fiscal seja adotado. Em setembro, a OCDE estimava contração de 3,8% este ano e recuperação de 4% no próximo.

A economia da zona do euro vai contrair 7,5% este ano, com crescimento de 3,6% em 2021 e 3,3% em 2022. Apesar do forte impacto, as estimativas melhoraram em relação a setembro, quando a previsão era de contração de 7,9% este ano e recuperação de 5,1% em 2021.

Por G1

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