FGTS: pelo bem do Brasil, é preciso protegê-lo

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O Sinduscon de São Paulo trouxe recente reflexão, por ocasião dos 57 anos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), sobre sua importância e o dever de proteção a um mecanismo tão importante de desenvolvimento social e econômico do país.

O presidente do Sinduscon Paraíba, Helder Campos, exaltou a publicação do sindicato paulista e acrescentou que “o fundo é retroalimentavel, pois quando você emprega, o fundo está recebendo depósitos, está gerando renda, está realizando o sonho da casa própria, está cumprindo com o direito constitucional, está reduzindo os custos com gastos com saúde, está fornecendo um ambiente favorável à educação de membros da família, enfim tudo fatos positivos”.

Leia o artigo do Sinduscon-SP:

Fundo precisa ser protegido das ameaças de desvios de seus recursos

O FGTS comemora neste mês 57 anos de proteção aos trabalhadores e de inestimáveis serviços de financiamento à habitação, saneamento e infraestrutura de transportes no país.

Para se ter uma ideia desta importância, em 2022 o FGTS tinha R$ 649 bilhões em ativos, patrimônio líquido superior a R$ 117 bilhões, e R$ 401 bilhões em empréstimos concedidos. Nos primeiros sete meses de 2023, já haviam sido investidos R$ 53,4 bilhões dos R$ 85,6 bilhões previstos para financiar a habitação, e que vão gerar mais de 3 milhões de empregos. Mais de 4 mil municípios já tiveram obras financiadas com recursos do Fundo.

Constantemente, o FGTS tem sofrido ameaças de desvios da aplicação de seus recursos para destinações estranhas às suas finalidades legais. Uma destas destinações é o saque-aniversário, que permite ao trabalhador sacar parte de seus recursos, mas o impede de recebê-los em caso de demissão imotivada. O governo trabalha com a proposta de revogar esta interdição, o que poderia descapitalizar o Fundo.

Outra ameaça está na Ação Direta de Inconstitucionalidade em apreciação no STF, que questiona a manutenção da TR como índice de correção dos depósitos dos cotistas do FGTS. A maioria dos ministros votou pela atualização dos recursos por meio do índice da Poupança.

Ocorre que, além da TR, os cotistas também recebem 99% dos lucros gerados pelas aplicações do Fundo. Em julho, foram R$ 12,8 bilhões. Mas se o índice da Poupança for adotado, o FGTS necessitará de aporte da União, o que aumentará o déficit fiscal.

Espera-se, portanto, que parte dos ministros do STF reveja seus votos. E que as lideranças responsáveis do Congresso continuem resistindo a propostas que enfraqueçam a capacidade do Fundo de contribuir decisivamente para o desenvolvimento do país.

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