Entrevista – Construção teve importância econômica evidenciada em 2020, diz diretor da Caixa

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O presidente da Comissão da Habitação de Interesse Social (CHIS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Henrique de Oliveira Passos, foi convidado para entrevistar o diretor executivo Rodrigo Wermelinger, da Diretoria Executiva de Habitação da CAIXA.

Durante a conversa com o presidente da CHIS, Wermelinger falou sobre as expectativas para 2021, sobre a parceria entre o banco e a CBIC e fez um balanço sobre 2020. Para o diretor da CAIXA, este foi um ano em que o setor da construção civil teve sua importância econômica evidenciada, com manutenção de investimentos na economia em um cenário adverso. “Demonstrou ainda capacidade de adaptação, diante do novo contexto trazido pela pandemia, criando novos processos e novas formas de se relacionar com seus clientes”, disse.

Confira abaixo a íntegra da conversa exclusiva para o CBIC Hoje+:

CBIC Hoje+: Considerando que 2020 foi um ano em que a CAIXA intensificou a adoção de medidas mais atrativas do financiamento imobiliário para a linha SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), questionamos qual será a expectativa para 2021?

Rodrigo Wermelinger: A expectativa para 2021 é positiva e a CAIXA trabalha para tornar mais fácil a compra da casa própria, tanto por meio do programa Casa Verde e Amarela, quanto para contratações com recursos da poupança (SBPE). Manteremos o empenho em oferecer as melhores opções para que nossos clientes possam escolher o produto mais adequado para a sua necessidade, nas condições mais aderentes ao seu perfil. Nesse sentido, temos o portfólio mais completo do mercado, disponibilizando produtos para aquisição de imóvel pronto ou na planta, aquisição de terreno, financiamento à construção, além de crédito pessoal com garantia imobiliária (home equity).

A CAIXA oferece ainda diferentes alternativas de financiamento habitacional, com atualização pela TR ou IPCA, ou ainda com taxa fixa. Em relação aos processos, esperamos crescimento da demanda por originação digital dos financiamentos imobiliários, bem como da utilização do registro eletrônico.

C.H.+: No exercício de 2020, além das medidas emergenciais, a CAIXA, em parceria com a CBIC, realizou reuniões online para troca de experiências entre os agentes das áreas de atendimento regionais (VICAT) e seus respectivos clientes (construtores e incorporadores). O objetivo foi estabelecer um diálogo mais próximo entre as partes visando aproximar o relacionamento e melhorar os resultados/performances das empresas e da CAIXA. Além dos apontamentos citados durante as reuniões, já encaminhados a essa instituição financeira, questionamos quais serão as melhorias previstas para 2021, especialmente sobre o Plano Empresa da Construção Civil (PEC), ou Plano Empresário?

R.W.: A CAIXA, além de inovar, está sempre buscando aprimorar seus produtos e processos. Para 2021, estão previstas melhorias para os produtos de financiamento à produção, em especial para o PEC, com revisão de alguns parâmetros exigidos hoje, visando atender necessidades e expectativas do segmento. Além disso, estamos investindo para facilitar o processo de contratação e manutenção dos contratos, tornando-o mais simples e ágil para os clientes.

C.H.+: Por fim, gostaríamos de solicitar um overview de 2020, ou seja, um balaço geral deste ano atípico. Na visão da CAIXA, o que aprendemos e o que podemos tirar de proveito desta pandemia em relação aos resultados do crédito imobiliário de 2020? De que forma o setor da construção e do mercado imobiliário podem contribuir para melhorar o fluxo dos processos, o relacionamento entre agentes e clientes e manter a construção de taxas atrativas para o setor e para o banco?

R.W.: O ano de 2020 iniciou com muito otimismo para o mercado imobiliário, mas essas previsões se depararam com as incertezas geradas pela crise da covid-19. A CAIXA adotou, de forma ágil e segura, uma série de medidas para apoiar o setor. Os resultados observados nos mostram que as ações adotadas foram tempestivas e assertivas. Prevemos para o fechamento de 2020 números surpreendentes no crédito habitacional, além de ter havido um crescimento expressivo da utilização dos canais digitais para serviços da habitação. Ressaltamos que foram mais de 240 milhões de solicitações de serviços nesses canais de janeiro a novembro de 2020.

Foi um ano também em que o setor da construção civil teve sua importância econômica evidenciada, com manutenção de investimentos na economia em um cenário adverso. Demonstrou ainda capacidade de adaptação, diante do novo contexto trazido pela pandemia, criando novos processos e novas formas de se relacionar com seus clientes. O atendimento digital para venda e pós-venda, em linha com a facilidade de acesso aos financiamentos na CAIXA, que viabilizou todo seu processo de aprovação no aplicativo Habitação Caixa, são exemplos de melhorias que, além de ir ao encontro das necessidades do momento, elevaram a eficiência dos processos e a qualidade dos serviços, sendo modelos que vieram para ficar.

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